Anos atrás vi essa série de twits de Emma Coats, que já trabalhou como escritora em empresas incríveis, entre elas a Pixar e Google. Na série #StoryBasics ela deu algumas dicas que aprendeu na sua época de Pixar com diretores, escritores e colegas de trabalho sobre a arte de contar histórias.
Para quem esta acompanhando as outras dicas de escritores e a introdução ao enredo baseadas no livro de Ronald B. Tobias, com certeza perceberá as semelhanças entre algumas dicas aqui e outras que já lemos antes. Mesmo assim, vamos conhecer o que Emma tem a dividir?
1. O público admira mais um personagem por suas tentativas do que pelo seus sucessos.
2. Você deve ter em mente o que é interessante para o público, não o que é divertido para o escritor. As duas coisas podem ser bem diferentes.
3. Tentar seguir um tema é importante, mas você não verá o que a história é realmente até chegar ao fim. E aí é a hora de reescrever.
4. Era uma vez ___. Todo dia, ___. Um dia ___. Por causa disso, ___. Por causa disso, ___. Até que finalmente ___.
5. Simplifique. Mantenha o foco. Combine personagens. Pule os desvios. Você sentirá que está perdendo coisas valiosas, mas isso o libertará.
6. No que o seu personagem é bom, com o que se sente confortável? Jogue exatamente o oposto nele. Desafie-o. Como ele lida com a adversidades?
7. Crie o final antes de descobrir o meio. De verdade. Os finais são difíceis, então comece trabalhando no seu.
8. Termine a história e a deixe ir, mesmo que não esteja perfeita. Faça melhor da próxima vez.
9. Quando você está empacado, faça uma lista do que não aconteceria a seguir. Muitas vezes aquilo que você precisa para desempacar vai aparecer.
10. Analise as histórias que você gosta. O que você gosta nelas é uma parte de você, e você tem que reconhecer essas partes antes de poder usá-las.
11. Colocar a idéia no papel permite que você comece a trabalhar. Se a idéia ficar na sua cabeça, mesmo que perfeita, você nunca compartilhará com ninguém.
12. Discarte a 1ª coisa que vem à mente. E a 2ª, 3ª, 4ª e 5ª – tire o óbvio do caminho. Surpreenda-se.
13. Dê opiniões aos seus personagens. Passividade/maleabilidade podem parecer agradáveis enquanto você escreve, mas é veneno para o público.
14. Por que você deve contar ESSA história? Qual é esta crença que esta te queimando e que alimenta a história? Esse é o coração da história.
15. Se você fosse seu personagem em tal situação, como você se sentiria? A honestidade dá credibilidade a situações inacreditáveis.
16. O que esta em jogo? Dê ao público uma razão para torcer pelo personagem. O que acontece se ele não tiver sucesso?
17. Nenhum trabalho é desperdiçado. Se não estiver funcionando, largue e siga em frente. Essa idéia voltará a ser útil mais tarde.
18. Você tem que conhecer a si mesmo, e a diferença entre fazer o seu melhor e enrolar.
19. Coincidências usadas para colocar os personagens em apuros são ótimas; coincidências para tirá-los do apuro é pura trapaça.
20. Exercício: pegue os “blocos de construção” de um filme/livro que você não gosta. Como pode reorganizá-los de uma maneira que você goste?
21. Você precisa se identificar com a situação/personagens, não pode simplesmente escrever algo modinha/cool. O que faria você se comportar como eles?
22. Qual é a essência da sua história? Consegue resumir ao máximo o que deseja contar? Se a resposta for sim, você pode começar a partir daí.
23. Esteja ciente das convenções e suposições que acompanham o gênero da sua história. Reconheça-os, subverta-os; mas não os ignore.