Circe, de Madeline Miller (resenha)

Circe, de Madeline Miller (resenha)

Comecei a ler Circe: Feiticeira. Bruxa. Entre o castigo dos Deuses e o amor dos homens, o best-seller da autora Madeline Miller sem esperar absolutamente nada, pois já tive muita decepção com listas de best-sellers. O burburinho é montado e começo a esperar que o livro seja sensacional, mas como já escrei aqui antes, sucesso de vendas nem sempre garante qualidade. Enfim, uma das coisas que me atraiu foi a linda capa, e me deixei levar por essa 1ª impressão.

Circe, de Madeline Miller (resenha)

O livro conta a estória de Circe, a filha do deus sol Helios e da esposa, a ninfa oceânica Perse. Circe parece não ter herdado nem a beleza estonteante de sua mãe, nem a força e poder de seu pai. Ela vaga pelos palácios prestando atenção a tudo e as todos, praticamente invisível ao universo que a cerca.

Porém ela descobre que tem o poder da feitiçaria, que lhe permite transformar seus semelhantes em criaturas monstruosas, entre ou coisas, algo que aterroriza até mesmo os deuses.

Ao saber disso, Zeus bane Circe para uma ilha deserta, de onde ela não deve sair sob nenhuma circunstância, e é justamente ali que ela aprende como refinar e melhor usar seus poderes. E começa ai também a sua jornada…

Vários outros personagens mitológicos aparecem, incluindo o Minotauro, Odisseu, Ariadne e Theseus, entre muitos outros que, acredito eu, já ouvimos falar de passagem em poemas ou em filmes de Hollywood.

Eu gostei de como a autora retratou Circe. No seus erros e acertos nós leitores conseguimos simpatizar e entender suas dificuldades, sua tristeza. Ela quase exala uma certa humanidade.

O livro tinha tudo mesmo para ser um best-seller: uma heroína corajosa e complexa, amor, traição, lutas, monstros e magia.

Meu conhecimento de mitologia grega é bem raso, então tenho certeza que esse fator contribuiu com o fato d’eu ter me apreciado o livro. Pode ser que alguém que entenda muito sobre o assunto provavelmente não goste desta versão, mas funcionou para os leigos como eu.

O livro é perfeito? Não é, na minha opinião. O estilo da escrita não me cativou. Não é ruim, mas existe alguns autores que constroem parágrafos que parecem acariciar nossa mente. Este não é o caso dela. Não é ruim, mas não é especial.

Outra coisa é que durante muito tempo nada aconteceu. A ação parecia estar acontecendo em outro lugar. Não sei se isso foi porque fiquei atenta a passagem do tempo (Circe é imortal) e em diversos momentos cheguei a lamentar esta sina, ser imortal e não ter nada de interessante para fazer.

Enfim, Circe: Feiticeira. Bruxa. Entre o castigo dos Deuses e o amor dos homens foi um leitura fácil, rápida e gostosa. Me afastou do mundo real e valeu a pena. Foi um daqueles casos de esperar o pior e ter uma agradável surpresa.

Para comprar livros desta autora, visite Amazon ou Livraria Saraiva.

escrito por
Patricia