Noemi Taboada recebe uma carta misteriosa e com poucos detalhes da sua prima recém-casada pedindo sua ajuda, e assim se inicia Gótico Mexicano, de Silvia Moreno-Garcia, com a chique debutante Noemi, mais acostumada às festas, aos vestidos longos e sua perfeita maquiagem, que viajará para um local distante e estranho no interior do México, sem saber absolutamente nada do que encontrará.

O que eu mais gostei em Gótico Mexicano foi o cenário. A escritora Silvia Moreno-Garcia fez um excelente trabalho em colocar o leitor no panorama que ela imaginou. Eu consegui visualizar a região e a mansão perfeitamente. Muito bem escrito e bem envolvente.
Outro ponto positivo foi que a autora colocou mulheres de cor como protagonistas e incorporou raça, colonialismo e eugenia como parte da trama de horror, e o fez sem forçar a barra.
A heroína, Noemi Taboada (o sobrenome dela me fez rir muitas vezes, me tirando do clima, mas tudo bem) é interessante, assim como os outros personagens. Claro que os personagens são bem quem vê cara vê coração, não houve surpresas neste aspecto.
O lado menos positivo é o livro ser muito lento na primeira parte, e em certas passagens chega a ser monótono, mas melhora do meio para o final. O diálogo soou falso para a época que a trama esta acontecendo (1950). E o romance infelizmente não me convenceu. Não colou, e nem sei se era necessário rolar um romance?
O final é abarrotado, e ter tantas coisas acontecendo em simultâneo, em detrimento de nada na primeira parte do livro, bem, isso me deixou com aquela sensação de bad timing.
Enfim, na minha opinião faltou planejar a estrutura um pouco melhor para o leitor não dormir de tédio na primeira parte, e do meio para o final ficar desnorteado. Faltou também aquele medinho que eu esperava de um livro de horror. Mas no geral eu gostei de Gótico Mexicano, foi melhor que eu imaginava.
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