No seu novo livro, O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação, Haruki Murakami conta a história de Tsukuru Tazaki, um homem solitário vivendo em Tóquio que teve uma experiência perturbadora no passado envolvendo seus quatro amigos que colégio (um grupo que era inseparável), e o que acontece quando ele finalmente se dispõe a entender o ocorrido, encorajado pelo mulher com quem ele esta saindo, e vai atrás de cada um destes amigos para esclarecer o que tinha causado a ruptura 16 anos antes.

Eu gosto muito de Murakami e confesso que 1Q84 foi um dos melhores livros que li nos últimos 3 anos, mas eu não gostei nem um pouco deste. A obra não é péssima, mas o plot é um tanto juvenil, e infelizmente Tsukuru Tazaki é mesmo um personagem sem cor, sem vida, um tanto repetitivo e super chatinho. Não consegui simpatizar com o personagem principal, nem com seus “problemas”, e ele me pareceu um cara meio passivo-agressivo que gosta de reclamar de tudo mas quando perguntam o que esta errado, ele diz “nada”. Afinal, quem esperaria 16 anos para perguntar aos amigos o motivo deles terem isolado ele do grupo e se afastado totalmente?
Em alguns momentos cheguei a ficar com raiva: Tsukuru toda hora com um papinho do tipo: eu não tenho cor, não tenho nada de bom para oferecer aos outros, sou vazio, ai. Putz! Talvez seus amigos tenham lhe dado as costas porque você é um chato, amigo. Melhore esta personalidade ai.
Claro que tem aqueles coisas típicas de Murakami, sonhos bizarros que podem ser realidade ou não, aquela aura de fantasia, realidades paralelas (ou não), e eu geralmente gosto bastante das coisas “estranhas”, mas nem isso conseguiu salvar este livro pra mim.
Não recomendo O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação, a não ser que você seja fã do autor.