Outsider, de Stephen King foi mais um livro onde consegui a proeza de ler mais de 500 paginas em apenas 4 dias. Goste ou não, este é um daqueles livros onde é quase impossível parar de ler.
A trama de Outsider gira em torno de um crime terrível: um garoto é brutalmente assassinado e tudo indica que o criminoso é ninguém menos do que o treinador da liga infantil de beisebol da cidade, Terry Maitland, um sujeito querido por todos e acima de qualquer suspeita.
O detetive responsável pelo caso, Ralph Anderson, tem testemunhos incontestáveis e DNA que comprovam que o treinador, Couch T., como é chamado por muitos, é realmente o culpado, porém ele tem um alibi igualmente forte: estava em outra cidade em uma conferência com um grupo de professores da escola onde leciona.
Será Terry culpado deste crime terrível ou uma mera vítima de uma trama ainda mais sinistra?
Quem conhece Stephen King sabe que ele costuma descrever meticulosamente seus personagens e o mundo exterior que os envolve. Este é o estilo dele: focar em algumas coisas e escrever páginas e mais páginas sobre ela. Em alguns livros pode ser cansativo e mais lento e longo do que necessário, mas eu não senti isso em o Outsider. O suspense é bom e foi bem dosado.
A primeira metade do livro é sensacional, e para uma fã de crime e mistério, e de Stephen King, achei que este seria um dos melhores livros dele destes últimos anos.
Mas quando o livro partiu para segunda metade as coisas meio que se complicam. Sim, este é um livro de Stephen King, o rei do sobrenatural e do bizarro, e claramente não posso esperar dele um desfecho semelhante a um livro de Michael Connelly. Ou Harlan Coben. E mesmo assim foi o que eu desejei…
A segunda metade foi onde o livro ficou fraco e deu sinais de cansaço: muitos dos truques usados por Stephen King em outros livros reapareceram; o antagonista não conseguiu superar ou sequer atingir as expectativas que foram criadas e de repente o livro acaba, deixando aquela familiar sensação de já ter sentido isso em outros livros do autor.
Outsider vale a pena pela sua primeira metade, com certeza. Os momentos de suspense são na medida certa e a trama é envolvente, por isso dei 3 estrelas. Porém uma parte minha nunca desejou tanto que Stephen King deixasse o sobrenatural em segundo plano e terminasse um livro mergulhando de cabeça nos horrores que só os seres humanos conseguem infligir uns nos outros.
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