Ambientado no final dos anos 60, o livro Play It As It Lays, da escritora americana Joan Didion, conta a estória de uma mulher, Maria Wyeth -e uma era- em crise.

Maria, uma atriz de 30 e poucos anos chegando a porta da irrelevância, com uma filha pequena internada em uma clínica para deficientes e um casamento que se arrasta para o fim. Ela encontra algum conforto dirigindo sem destino pelas freeways de Los Angeles. O universo que a cerca, seus amigos, conhecidos e amantes, todos parecem estar mergulhados nesta mesma crise existencial.
A protagonista é muito bem escrita, a prosa de Didion é linda, mas o livro não me moveu. Algumas pessoas me disseram no passado o quanto foram impactadas por esse livro, e sim, é um livro muito bom, honesto, bem escrito, que retrata bem uma mulher em crise, mas eu não fui particularmente tocada. Minhas expectativas estavam muito altas.
E como já era de se esperar, sim, é uma leitura deprimente. Didion escreve muito bem e mergulha você neste universo aflitivo, em que tudo parece estar caminhando para o abismo, e aqui ela o faz em passos lentos.
Um detalhe interessante é ver como Breat Easton Ellis foi influenciado por Play It As It Lays no seu Less Than Zero. O que eu não consegui parar de pensar foi como os personagens em Play It As It Lays poderiam facilmente ser os parentes daqueles jovens em crise de BEE.
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