The Courage to Be Disliked, de Ichiro Kishimi e Fumitake Koga

The Courage to Be Disliked, de Ichiro Kishimi e Fumitake Koga

Bom, é melhor começar dizendo que não sou fã de livros de autoajuda, porém de vez em quando dou uma chance para ver se mudo a minha opinião. O livro The Courage to Be Disliked: How to Free Yourself, Change your Life and Achieve Real Happiness (A coragem de não ser querido: como se libertar, mudar sua vida e alcançar a real felicidade, em tradução livre), de Ichiro Kishimi e Fumitake Koga, promete ensinar como libertar nossa força interior para nos tornarmos mais mais verdadeiros, sem medo se seremos queridos e admirados por terceiros ou não, e o caminho para chegar lá é usando as teorias de Alfred Adler, um psicólogo do século XIX.

The Courage to Be Disliked: How to Free Yourself, Change your Life and Achieve Real Happiness

O livro tem partes interessantes e que fazem sentido pois são puro bom senso. A “separação da tarefa” que diz que não devemos nos preocupar com o que todo mundo ao nosso redor nos diz sobre como devemos viver nossa vida, mas sim seguir aquilo que nós desejamos fazer. Bom senso né? Ou o capítulo que fala sobre não sermos o centro do universo, ou a importância do senso de comunidade e aceitação das diferenças individuais. Ou a possibilidade de não deixar que certas coisas do passado influenciem nossas escolhas do presente. Tudo isso é bom senso.

Infelizmente nem tudo pode ser jogado neste balaio do “deixar coisas do passado ditar seu presente“. Pessoas que sofreram traumas obviamente sentem dificuldades em não deixar os vestígios do trauma ditar muitas das suas escolhas. É necessário muito trabalho interior para calar o trauma e impedi-lo de se fazer presente nas escolhas. Não é tão simples como parece.

Eu não gostei do formato “diálogo socrático” do livro: um bate papo entre o jovem que deseja aprender e o mestre que ensina. O jovem esta ali para fazer as perguntas que nós leitores faríamos, mas ele é pedante e cansativo, e não faz perguntas perspicazes.

O tom do livro varia muito, não sei se isso tem a ver com a tradução e adaptação do japonês para o inglês, mas diversas vezes pende para o condescendente, que eu detesto. Não conhecia nada de Adlen, e infelizmente esta breve introdução não despertou meu interesse.

Não recomendo The Courage to Be Disliked, mas pode ser que alguém que goste de autoajuda tire algum proveito.

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escrito por
Patricia