The New Girl, de Daniel Silva (resenha)

The New Girl, de Daniel Silva (resenha)

De vez em quando leio um livro totalmente aleatório da lista dos bestsellers para dar a chance a autores que não conheço e também abrir a mente para outros gêneros. Foi assim decidi por este The New Girl.

The New Girl, de Daniel Silva (resenha)

Nunca tinha lido nada de Daniel Silva, e o gênero espião/suspense não é algo que leio com frequência, então embarquei sem nenhuma expectativa, apenas esperando uma leitura diferente e, com sorte, razoavelmente boa.

A trama é sobre uma garota misteriosa que estuda em uma escola exclusiva na Suíça, e que um dia é sequestrada. Entra em cena Gabriel Allon (protagonista de outros livros do autor, pois trata-se de uma série), o chefe da inteligência israelense, que junto com seu grupo, vai fazer de tudo para recuperar a garota.

Os personagens são desenvolvidos o suficiente para que eu aceite embarcar com eles nesta aventura, nem mais, nem menos. Como se trata de uma série de livros com o mesmo grupo de personagens, pode ser que em livros anteriores eles foram desenvolvidos com uma maior riqueza de detalhes. De qualquer maneira, não saber tudo sobre eles não me fez sentir como se alguma coisa estivesse faltando, o que é um ponto positivo para o autor, não deixar o leitor que caiu de para-quedas totalmente perdido com detalhes e referências previamente citados.

O setting ou melhor, settings, pois a trama se passa em vários locais do mundo, funciona bem, com informações suficientes para localizar o leitor, e ainda deixa espaço pra gente preencher as lacunas. Eu gosto assim. Quando escritores carregam na descrição eu acabo pegando no sono.

Um personagem foi baseado em uma pessoa real e contemporânea, inclusive. Não achei que precisava, mas foi uma escolha interessante do autor.

Agora você pode perguntar: o livro é perfeito? Não, não é. Tem tanto personagem que é possível que você acabe se perdendo em um momento ou outro. Alguns até em nem sei porque estavam ali.

Outra coisa: situações com baixa credibilidade. Mas nem sei se culpo o autor ou o gênero, já que vários outros autores de suspense/espionagem caem na armadilha de cenas/situações que são totalmente absurdas. Enfim, como não sei como o autor lidou com isso nos outros livros da série e já que o absurdo vem com o pacote, vou dar um desconto.

Alguns leitores podem achar que a maneira que o autor escolheu tanto para narrar as situações quanto introduzir os personagens, muito direto ao ponto, sem muito rodeios ou floreios. Eu gostei particularmente disso. Outros podem dizer inclusive que o livre tem menos a ver com a tal The New Girl do que com todas as circunstâncias que sucedem o sequestro, e eu compreenderia essa observação.

Li o livro, quase 500 páginas, em menos de 1 semana e posso dizer que mesmo com os problemas que citei acima foi uma leitura divertida. Fiquei curiosa e provavelmente vou procurar outro livro desta série para comparar. E recomendo The New Girl para leitores não se importam com situações altamente improváveis.

Para mais informações sobre este escritor, visite o site oficial.
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escrito por
Patricia